Despedir-se é muito relativo.
Socialmente, quem sai de uma festa sem se despedir do convidado é mal educado.
Considero admirável quem vai de um por um, dando a devida atenção e os dois beijinhos de lei.
Não me interpretem mal, mas sou um pouco sem paciência para despedidas. Não porque não gosto de falar com as pessoas, ao contrário. É porque sei que se eu for me despedir, iniciarei uma conversa com cada um, e a despedida já foi pro beleléu. Por isso, geralmente, saio de mansinho, sem muito alarde.
Até mesmo em viagens, se depender de uma despedida bem feita, o avião atrasaria pro outro dia.
Talvez seja genético, já que quando minha avó liga, de 10 minutos da chamada, 7 são uma tentativa de desligar o telefone. Mas lá chega outro assunto na cabeça e recomeça tudo de novo.
Sinceramente, não gosto de despedidas.
É, não gosto.
Principalmente quando não quero me despedir.
E eu não aguento mesmo é aquela despedida que a vontade é de ficar.
Quando você vai, querendo voltar. Quando você separa, querendo juntar. Quando você olha indo, querendo correr e abraçar.
A pessoa vai fisicamente, mas deixa uma marca invisível, porém latente, dentro de nós, que acelera o ritmo, com um toque de desespero.
Nunca é o suficiente para dizer "Tchau". Nunca estamos satisfeitos com o tempo que passa tão rápido. Mas por que é, afinal, que existem tantas coisas para fazer por essa vida que impedem de continuar junto e que obrigam uma despedida?!
Como Romeu um dia disse à Julieta dentro da imaginação de William Shakespeare: "Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria "Boa Noite" até que amanhecesse o dia."
Boa noite. Boa Noite. Boa Noite. (...)
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