quinta-feira, 26 de novembro de 2009

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos,sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário,queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par e não como pares? Ter um parceiro constante, não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo a expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o
que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Jade


Tá vendo essa coisa peluda e fofa embaixo dessa cadeira?
Você não tem noção do quanto eu vou sentir saudade dessa carinha em 2010.
Dia 28 de dezembro tô partindo, se D-us quiser, pra Israel passar um ano inteirinho curtindo a minha verdadeira casa.
Mas que vontade de levar essa bola de pêlo comigo.
principalmente quando eu chegar lá que vai tá no inverno...COMO eu vou dormir sem ela pra me esquentar?
Jade Jade.... nunca vi nenhuma cachorrinha que tá no papel de parece dos celulares de todos da casa!

domingo, 22 de novembro de 2009

Ô, coisa!

É frustrante chegar nesse espaço em branco e esperar a inspiração chegar!
Eu tenho uma péssima memória, isso não é novidade, mas eu fico com uma raiva porque eu sei que eu tenho muita coisa pra escrever, mas as porcarias das idéias surgem só quando eu não posso anotar!
Ou é quando eu tô dirigindo, ou quando eu tô dando aula, ou quando eu tô passeando.
Égua muleque!
Dá vontade de materializar um leptop na minha frente com essa pagina em branco já aberta e mandar ver!
E pior é que quando essas idéias surgem e eu tô acompanhada. Aí eu compartilho com os ditos cujos e me acham maluca. "Égua Mel, como é que tu pensa essas coisas?"

IOAUEOIAUEOIUAEIOAE

Enfim, acho que eu preciso começar a andar com um caderninho de anotações, pra ver se ajuda essa memória de minhoca!
aiueoiaueoiuaeoie

Uma ótima semana pra todo mundo!

domingo, 1 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios

Boa noite.

Acabo de assistir ao filme cujo nome corresponde ao título, e saí bem decidida a escrever minha crítica.

A idéia do filme é o sonho de muitas e um exagero para outras, e é para esse último grupo que quero dirigir a palavra.

Geralmente, quando saio de um filme que envolve holocausto, judeus, me preocupo em ouvir a opinião das pessoas que estão deixando as salas do cinema, não faço nenhuma entrevista, só fico com os ouvidos em alerta. O motivo, não sei bem, mas certamente tem relação direta com quem eu sou, uma judia.

O engraçado é examinar a expressão dos próprios judeus, tanto os mais ligados quanto aqueles que já estão bastande assimilados, que não tiveram oportunidade de entender melhor como as coisas aconteceram.

O fato é, o filme é ficção, mas nada tem de exagerado.
Existem cenas fortes, sim, existem, mas o que é um filme de guerra sem sangue?
"Esse grupo de judeus são uns bárbaros! eles cortavam o couro cabeludo dos alemães" UAU! Realmente, isso é exagero. Que tal adicionar a informação de que eles faziam isso depois de já matar o soldado? Aí o ato se torna mesmo o que o filme queria mostrar: uma simbologia e uma marca do grupo.
Simbologia porque o que pensei no momento foi o fato de os judeus terem seus cabelos raspados antes de irem ao campo de concentração, pois eles não podiam arriscar a praga dos piolhos. Quem dera fosse só isso.
Eles escolhiam navalhas cegas, intencionando cortar o couro cabeludo, para ferir, maltratar, isso sem falar nas outras tantas formas de tortura e humilhação.

Eu peço que ninguém julgue o filme exagerado por essas cenas, afinal, os alemães já estavam mortos.

Além disso, PELO AMOR DE D-US! Essas pessoas representadas no filme matavam pessoas à sangue frio!
MILHÕES delas!
O que merece uma pessoa que não valoriza a vida de um ser humano?

Interessante pensar que, como judia, imaginei que eu, com todo sentimento que tenho sobre o assunto, não me vejo matando uma pessoa, e isso me fez pensar que realmente, a essência de um judeu é essa. Milhões de judeus foram rebaixados a menos que baratas, e me pergunto onde estava a resistência. Ah, elas existiram, sim, e aos montes, mas a resistência desse povo é bem diferente em todos os aspectos. O levante do Gueto de Varsóvia é lembrado nos dias de hoje com muito respeito, desse grupo de judeus que lutaram. Mas as outras formas de contra-ataque existiram e são de conhecimento de poucos e compreendidos apenas por quem entende a importancia de tais atos.

Mas voltando ao filme, se Hitler [imarshemô] tivesse morrido naquela noite, eu só consigo pensar nas milhões de vidas que teriam sido poupadas e como muito da nossa história teria mudado.

Obrigada.